Famílias Mafra

Conselheiro Manoel da Silva Mafra

masculino 1831 - 1907  (75 anos)


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  • Nome Manoel da Silva Mafra 
    Título Conselheiro 
    Nascimento 12 Out 1831  Desterro, Florianópolis, SC Encontrar todos indivíduos com eventos neste local 
    Batismo 22 Out 1831  Desterro, Florianópolis, SC Encontrar todos indivíduos com eventos neste local 
    • Florianópolis, SC, Nossa Senhora do Desterro, Batismos 1829-1837, 074.
      Aos vinte e dois do mês de Outubro de 1831, nesta Matriz do Desterro da Ilha de Santa Catarina, batizei e pus os santos óleos a Manoel, nascido a doze deste mês, filho legítimo do Major Marcos Antonio da Silva Mafra e Dona Maria Rita da Conceição. Avós paternos o Capitão Joze da Silva Mafra, natural de Portugal, e Dona Maria do Rozario Soares, natural desta Freguesia. [Avós] maternos o Capitão Manoel Joze Ramos, natural de Portugal, e Dona Antonia de Jesus, natural desta Freguesia. Padrinhos Joaquim Luis Soares por procuração que apresentou o Tenente Coronel Joze da Silva Mafra, e Madrinha Dona Luiza Maria da Silva, do que para constar mandei lavrar este assento que assinei.
    Sexo masculino 
    Grafias do nome Manoel da Silva Mafra 
    Falecimento 11 Mai 1907  Niterói, RJ Encontrar todos indivíduos com eventos neste local 
    ID da pessoa I000872  Mafra
    Última alteração 26 Fev 2020 

    Pai Comendador Marcos Antônio da Silva Mafra,   bat. 23 Out 1793, Igreja de Nossa Senhora das Necessidades, Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis, SC Encontrar todos indivíduos com eventos neste localfal. 28 Jan 1860, Lages, SC Encontrar todos indivíduos com eventos neste local (Idade ~ 66 anos) 
    Mãe Dona Maria Rita da Conceição Ramos   fal. 8 Abr 1852, Desterro, Florianópolis, SC Encontrar todos indivíduos com eventos neste local 
    Casamento 10 Jun 1824  Igreja de Nossa Senhora do Desterro, Florianópolis, SC Encontrar todos indivíduos com eventos neste local 
    • Florianópolis, SC, Nossa Senhora do Desterro, Livro de Casamentos 005, 1809-1839, 167, FamilySearch imagem 0184.
      Aos dez de Junho de 1824, na Matriz do Desterro da Ilha de Santa Catarina, o Capitão Marcos Antonio da Silva Mafra, natural da Freguesia de Nossa Senhora das Necessidades desta Ilha e freguês desta, filho legítimo do Capitão Joze da Silva Mafra e Dona Maria do Rozario Soares, com Dona Maria Rita da Conceição, natural desta Freguesia, filha legítima do Capitão Manoel Joze Ramos e Dona Antonia de Jezus. Testemunhas Jacinto Jorge dos Anjos Correa e Joze Antonio da Luz. [1]
    ID da família F000391  Ficha familiar  |  Diagrama familiar

    Família 1 Joana Leonor da Costa   fal. 2 Set 1864, Desterro, Florianópolis, SC Encontrar todos indivíduos com eventos neste local 
    Casamento 22 Ago 1857  Desterro, Florianópolis, SC Encontrar todos indivíduos com eventos neste local 
    • Florianópolis, SC, Nossa Senhora do Desterro, Casamentos 1855-1858, 017.
      Aos 22 Ago 1857. O Doutor Manoel da Silva Mafra, filho legítimo do Comendador Marcos Antonio da Silva Mafra e de Dona Maria Rita da Conceição Mafra, com Dona Joana Leonor da Costa, filha legítima do Major Manoel Joaquim da Costa Cardoso e de Dona Maria Benedita de Campos Costa, naturais e batizados nesta Freguesia.
    Filhos(as) 
     1. Maria,   nasc. 21 Jun 1858   fal. Sim, data desconhecida
     2. Maria Rita,   nasc. 8 Ago 1859   fal. 20 Mar 1861, Desterro, Florianópolis, SC Encontrar todos indivíduos com eventos neste local (Idade 1 ano)
    ID da família F000393  Ficha familiar  |  Diagrama familiar

    Família 2 Maria Elisa de Carvalho Raposo,   nasc. +/- 1850   fal. 1 Jul 1893, Freguesia de São João Batista, Niterói, RJ Encontrar todos indivíduos com eventos neste local (Idade 43 anos) 
    Casamento
    Filhos(as) 
     1. Antonieta da Silva Mafra,   nasc. +/- 1878   fal. 2 Jul 1928, Florianópolis, SC Encontrar todos indivíduos com eventos neste local (Idade 50 anos)
    +2. Jorge da Silva Mafra
    +3. Celso da Silva Mafra
     4. Targino da Silva Mafra,   nasc. 19 Ago 1869, Desterro, Florianópolis, SC Encontrar todos indivíduos com eventos neste localfal. Sim, data desconhecida
     5. Otávio da Silva Mafra,   nasc. 14 Set 1870, Desterro, Florianópolis, SC Encontrar todos indivíduos com eventos neste localfal. Sim, data desconhecida
    ID da família F000394  Ficha familiar  |  Diagrama familiar
    Última alteração 19 Set 2013 

  • Notas 
    • GAZETA DA TARDE

      1882 - 19.6, 17.7, 28.8

      1884 - 19.7, 16.8, 30.8, 20.12

      1885 - 10.1, 21.2, 7.3, 21.3, 28.3, 11.4, 27.6, 19.9, 26.9, 17.10

      1886 - 16.1, 6.2, 13.2, 6.3, 5.6, 26.6, 3 1.7, 21.8

      1887 - 5.2, 16.7, 30.7, 20.8



      Duas vezes chamadas a pronunciar-se a respeito da questão servil, as câmaras da situação liberal têm votado o silêncio.

      Não quis a primeira Câmara desta situação discutir o projeto Nabuco; a segunda acaba de negar-se ao debate do projeto proibindo o tráfico interprovincial.

      Apreciando o voto pelo valor moral de quem o dá, o fato não deve causar admiração.

      A dignidade é o ambiente necessário à coragem das opiniões e a situação liberal nasceu, consolidou-se, vive, e há de morrer, sem dignidade.

      O Governo é a Cápua desses cartagineses irrequietos. Aí amolecem, desfibram-se e aniquilam-se em regabofes de cama e mesa, na farta fruição dos despojos opimos do eterno combalido - o tesouro.

      O voto da Câmara não nos surpreendeu, portanto. Foi para nós uma simples afirmação do que pensávamos a respeito desse conluio indecente, presidido pelo bacalhau de Cebolas e o anjinho de Macuco.

      Seria fenomenal obter duma casa de tolerância o sufrágio do pudor nacional. O que ali tem valor é a mesa de tavolagem em que se jogam garantias de juros, subvenções, empregos e candidaturas.

      Pouco se importa o sr. Prado Pimentel, por exemplo, que a escravidão seja uma tremenda mancha para o país.

      S. Ex.ª, bela peça, um bom mulato, sabe somente que a pele dos africanos, seus ascendentes, pode servir de pergaminho a diplomas de deputados de sua laia.

      No caso do sr. mulato Prado Pimentel está a maioria da Câmara.

      Nós os conhecemos. Eram uns vadios sem eira, nem beira, uns bacharéis escrevinhadores que formigavam na oposição, como vermes, em torno de uns homens de nome feito.

      À tarde descompunham o Governo, à noite enluvavam-se e iam namorar as filhas dos fazendeiros. Diziam alto quais os dotes presumíveis. Iam às conquistas avisando que não eram tolos, que não estavam para morrer de fome.

      O sr. Sousa Carvalho definiu bem este modo de viver: é o judaísmo oposicionista. S. Ex.ª teve uma vantagem sobre todos esses demolidores do amor da família e da pátria: ficou fora como advogado, cavando as minas das secretarias com a sua pena.

      Essa origem do que S. Ex.ª tem hoje a perder, não podia deixar de prejudicar-lhe os sentimentos patrióticos.

      Já o violento Rouillères dizia a Mirabeau que era indispensável a justa compreensão do valor moral da família para bem sentir o amor da pátria.

      Ora, quem edifica a família sobre a especulação do dote, quem não faz do matrimônio senão uma origem de fortuna, cujas fontes, assim como foram a pirataria nas costas africanas, podiam ter sido o bacamarte e a emboscada na estrada; quem não se vexa de testar aos filhos as lágrimas e a liberdade de irmãos, não pode ter da pátria compreensão diversa da que tem a Câmara dos Deputados da situação liberal. A pátria é um vasto arraial onde se faz a feira brutal e ignominiosa da honra de um povo.

      O voto da Câmara não nos surpreendeu, portanto. Não podia ser outro, devia ser este mesmo: negar-se à discussão.

      Nós que escrevemos por inspiração da honra do país para o mundo civilizado; nós que temos a responsabilidade do futuro, que não engordamos à custa das privações das senzalas para acabar estupidamente na administração por uma degenerescência gordurosa da probidade individual e do civismo, temos o direito de desprezar o voto da Câmara para interrogar o imperador.

      O que conclui Sua Majestade dos fenômenos a que assiste?

      Enquanto a Câmara dos seus representantes se nega a discutir, enquanto o sr. Martinho Campos, agente do Poder Executivo, celebra pactos monstruosos com o sr. Paulino de Sousa, o Machiavel fanhoso, enquanto os presidentes de província como o sr. Gavião do Marmeleiro e o sr. SanchoPança de Sergipe suprimem ou ameaçam associações, o sentimento abolicionista revivesce.

      Na capital quinze associações disputam-se a primazia na coragem cívica e na dedicação pela sorte dos cativos; em S. Paulo desabrocha o sentimento abolicionista em clubes nos principais órgãos da sua imprensa; no Rio Grande do Sul a propaganda assoberba todas as dificuldades, coroando-se com o prestígio do nome de Silveira Martins; no Ceará dão-se as mãos todos os grandes elementos das grandes transformações. Desde a vela branca da jangada até o sorriso da mulher, desde a dedicação dos homens eminentes até a greve dos artistas, tudo é esperança para os cativos naquela província, sobre a qual se curva, como auréola inextinguível, a luz equatorial.

      Não sente Sua Majestade alguma coisa de extraordinário nesse momento que em dois anos se comunicou a todo o país?

      Não lhe parece que é o produto de um terremoto que se aproxima?

      Quando fender-se o amaldiçoado solo árido, que tem bebido por três séculos o suor e o pranto de milhões de homens, não teme Sua Majestade que uma das ruínas seja o seu trono?

      A lealdade impõe-nos uma advertência a Sua Majestade.

      Com uma fisionomia protéica, mudando de aspecto conforme o ponto de que é vista, só há atualmente neste país uma questão séria: é a abolição da escravidão.

      Para ela convergirão fatalmente pelo impulso da propaganda, como pela resistência dos oposicionistas, todas as energias vivas do país.

      Dentro em pouco o que é hoje o conluio negro dos srs. Martinho & Paulino será o procedimento de todos os Vernecks e Prados Pimentéis do escravagismo, para a formação do Exército negro.

      Um movimento geral de aliança se dará naturalmente, como está iniciado, de todos os abolicionistas, formando a legião sagrada, que terá como estatutos a nossa palavra solenemente empenhada no ato do reconhecimento da nossa independência.

      A luta que se travar não ficará no terreno estreito das discussões do Segundo Reinado.

      A sorte da Monarquia brasileira será nela resolvida.

      Os Braganças brasileiros têm consolidado o seu trono com as revoluções e por isso, provavelmente, Sua Majestade promove pelos seus dóceis instrumentos, por todos os Martinhos do seu uso, a revolução abolicionista.

      O resultado da provocação de Sua Majestade é ainda um segredo, e o tempo das profecias passou.

      Lembre-se, porém, Sua Majestade, de que os elementos são diversos.

      As revoluções de que Sua Majestade tem notícia nasceram de simples questões políticas, de paixões muitas vezes ridículas. Poucas foram as que se inspiraram em grandes sentimentos e estas venderam muito caro a derrota.

      No presente o móvel é inteiramente diverso. Os soldados não irão buscar no fogo as dragonas do comando; as balas serão simplesmente o alfabeto que vai escrever na nossa história um decreto de fraternidade humana.

      Sua Majestade podia, se quisesse, fazer um grande serviço ao país.

      Era simples. Chamar o sr. Martinho Campos, muito à puridade, e dizer-lhe assim:

      "Martinho: você vê o que estão fazendo a sua câmara e o seu ministério.

      O Alves de Araújo declara-se patrono de um indivíduo. Tiraram-lhe um quiosque.

      Pois bem, o Manuel comovido dá de presente ao referido indivíduo um logradouro público.

      O Franco de Sá não se ajeita com a pasta.

      Já descobriu um rio, que nunca existiu.

      O Mafra é uma desgraça. Coitado, vale menos que as ordenanças que o acompanham.

      O Rodolfo, apesar de ser um pouco vivo, é o que você sabe. Não diz coisa com coisa.

      O Pena é uma lástima. Não sabe uma palavra a respeito dos negócios da pasta. É um polichinelo, puxado pelos cordéis dos oficiais-de-gabinete.

      O Carneiro da Rocha é bom, mas se continuar por muito tempo em companhia de vocês, fica perdido.

      Quanto a você Martinho... Bom, excetuam-se os presentes.

      A Câmara, Martinho, é uma vergonha. Você bem sabe qual é a opinião do povo a respeito do Sousa Carvalho e do Cândido de Oliveira. Dizem que estes dois sujeitos não cortam as unhas. Acerca do primeiro contaram-me que você apostou quinhentos mil-réis em como ele não seria por mim escolhido.

      Ora são esses dois e o Penido, um pobre de Deus, inofensivo, excetuante a gramática, os seus grandes corifeus. É verdade que os Afonsos também ajudam, mas você deve estar lembrado do café...

      A menos que você, quando veio para cá, não houvesse deixado a memória afogada no lodo do Manuel Pinto (não é o Dantas), rio que fica na vizinhança do matadouro, deve ter de memória que tais governos são mal vistos pela opinião. Seu Martinho, faça-me um favor, vá-se embora. Olhe, eu o nomeio conselheiro de Estado. Você paga o que deve ao Banco, entregando-lhe a fazenda; arranja como puder outro negócio, e vai viver descansado, porque fica com um conto e tanto por mês.

      Vá-se embora, seu Martinho."

      Era este um grande serviço de Sua Majestade ao país.



      19 jun. 1882

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      Cons. Mafra foi a principal rua do Centro


      Primeira ligação do centro histórico com o mar, via era também o principal acesso à ponte Hercílio Luz


      Celso Martins

      Dono de uma sorveteria no bairro Estreito e de uma revenda do produto na rua Conselheiro Mafra, o empresário José Geraldo Mafra, 67 anos, acompanhou boa parte da história da via que tem seu mesmo sobrenome. Ele se lembra do tempo em que não havia calçamento e a lama tomava conta de quase toda a sua extensão em períodos de chuvas prolongadas, por onde transitavam uns poucos carros e muitas carroças e cavalos.
      "Durante muito tempo, quem vinha do Estreito passava por esta rua para chegar ao Centro da cidade", recorda. Isso aconteceu a partir do final da década de 1930, quando foi inaugurada a primeira ligação entre o Continente e a Ilha de Santa Catarina, a ponte Hercílio Luz. "Quem vinha a pé ou de carro passava pela Conselheiro Mafra", diz. Na época, os terrenos e construções da via serviam tanto para o comércio variado como para moradias.
      Na década de 1950, a rua ganhou o primeiro pavimento em paralelepípedos, coberto no final dos anos 1990, por uma camada de asfalto. Iniciando na praça 15 de Novembro e terminando a confluência com a rua Francisco Tolentino, foi uma das primeiras vias a surgir em Florianópolis, servindo de ligação entre a região central e o movimentado porto, que funcionou até por volta de 1964.
      Certamente devido à intensa movimentação de estivadores e marinheiros, a rua possuiu diversos prostíbulos, tradição que em parte se mantém, apesar dos protestos dos moradores e comerciantes. As queixas levaram a Polícia Militar a desenvolver sucessivas ações de repressão à prostituição nas décadas de 1970 e 1980, forçando a diminuição do comércio sexual, sem contudo eliminá-lo.
      Libório Vicente de Miranda, 75 anos, natural de Santo Amaro da Imperatriz e residente em Florianópolis desde os 4 anos de idade, também guarda muitas recordações da rua Conselheiro Mafra. As mais vivas são do tempo em que a via era o principal acesso de quem vinha do Continente em direção ao Centro da cidade. "Depois que a ponte Hercílio Luz foi interditada, o movimento aqui diminuiu muito", lembra.
      Quando era jovem, Libório presenciou muitas brigas envolvendo turmas rivais de estabelecimentos de ensino da Capital, ou entre marinheiros e soldados do Exército. "Sempre que eles se encontravam surgia alguma briga", conta, em geral terminando em alguma delegacia de polícia. Além disso, ele acompanhou o surgimento e fechamento de muitas casas de comércio, o aparecimento de residências e sua transformação em calçadão.
      Essa mudança é mais recente e impediu o trânsito de veículos entre seu início, na praça 15 de Novembro, e a rua Pedro Ivo. "O calçadão deveria se estender até a rua Padre Roma, mas como a Prefeitura se instalou nessa quadra, a passagem de veículos continua até hoje", salienta.



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      Atividades econômicas eram vinculadas ao porto da Capital

      Para o arquiteto Dalmo Vieira Filho, coordenador estadual do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Santa Catarina, a importância da rua Conselheiro Mafra está no fato de ter sido a primeira e principal ligação do centro histórico com o mar. Inicialmente ela concentrou em suas imediações as principais atividades econômicas da Capital, quase todas vinculadas às atividades portuárias.
      A rua ganhou importância com a inauguração da ponte Hercílio Luz, a partir do final da década de 1920, perdendo aos poucos a hegemonia para a rua Felipe Schmidt, que passou a concentrar os principais estabelecimentos comerciais da cidade. "Foi exatamente essa perda da importância econômica que levou à preservação das edificações históricas ainda existentes", avalia Dalmo.
      Isso fez com que na década de 1970 quase toda a rua fosse tombada pelo patrimônio histórico municipal, iniciativa estimulada pelo Iphan, assim como aconteceu em diversas capitais e cidades brasileiras. "Houve uma recomendação de tombamento dos patrimônios locais a partir da década de 1960, e isso felizmente também aconteceu em Florianópolis", salienta. (CM)



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      Atual nome homenageia advogado nascido em Desterro em 1931

      O nome da rua Conselheiro Mafra é uma homenagem a Manoel da Silva Mafra, nascido em 12 de outubro de 1831, na então cidade de Desterro (Florianópolis), filho do major Marco Antônio da Silva Mafra (irmão do senador do Império José da Silva Mafra). Após os estudos iniciais na cidade natal, foi enviado pelos pais a um seminário católico no Rio de Janeiro, mas desistiu da carreira eclesiástica para estudar direito em São Paulo.
      Uma vez formado, seguiu carreira no ramo, tendo iniciado como promotor público em São José (1855-1957) e na seqüência juiz municipal e dos órfãos de Florianópolis, onde se elegeu deputado provincial (1868-1872). Mais tarde, se deslocou para o Ceará e depois advogou no Rio de Janeiro, seguindo como juiz de direito para Minas Gerais. Foi também presidente da província do Espírito Santo (1878), retornando a Santa Catarina.
      Estabelecido provisoriamente em Florianópolis (Desterro), elegeu-se deputado geral (federal) duas vezes -entre 1882 e 1883 e de 1884 a 1885, sendo membro do Partido Liberal. Entre fevereiro e agosto de 1882, assumiu o cargo de ministro da Justiça, quando ganhou o nome que o tornou conhecido: Conselheiro Mafra. Ainda na capital federal, se tornou juiz do tribunal civil e criminal local.
      Depois de se aposentado retornou a advocacia, assumindo em 1895, a defesa de Santa Catarina na famosa Questão de Limites com o Paraná, obtendo sentença favorável ao estado natal em 6 de julho de 1904 - o que não significou o fim da polêmica. Ao passar por Florianópolis em 1905, foi homenageado pelo sucesso na causa que só foi resolvido através de arbitragem no dia 20 de outubro de 1916.
      Além dessas atividades jurídicas e políticas, foi escritor e jornalista, deixando uma série de originais inéditos de peças jurídicas, discursos, ensaios e poesias. Essa atividade o levou à Academia Catarinense de Letras, onde se tornou patrono da cadeira número 33. (CM)
    • História das Ruas da Cidade de São Paulo
      https://dicionarioderuas.prefeitura.sp.gov.br

      Praça Silva Mafra, Freguesia do Ó
      Manuel da Silva Mafra, jurisconsulto brasileiro, nasceu em Florianópolis em 1831. Nomeado juiz municipal da sua província em 1857, foi mais tarde deputado provincial, 1860-61 e deputado a Assembléia Geral. Como juiz de direito exerceu o cargo em Pernambuco, Paraná e Minas Gerais; foi presidente do Tribunal Civil e Criminal do Rio de Janeiro. Presidiu a Província do Espírito Santo e nas legislaturas de 1881 a 1885, representou sua província; fez parte do gabinete Martinho Campos, 1882, como ministro da justiça. Faleceu em 1907. [2]

  • Fontes 
    1. [S268] FamilySearch, (https://www.familysearch.org), https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:9Q97-Y3SB-BCS?i=183&wc=MFKF-JP8%3A1030404601%2C1030404602%2C1030527701&cc=2177296.

    2. [S195] Sítios e páginas da internet, https://dicionarioderuas.prefeitura.sp.gov.br.