Famílias Mafra

José da Silva Mafra

masculino 1788 - 1871  (83 anos)


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  • Nome José da Silva Mafra 
    Nascimento 14 Jan 1788  Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis, SC Encontrar todos indivíduos com eventos neste local 
    • Nasceu em 04 Jan 1788, segundo ficha.
    Batismo 21 Jan 1788  Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis, SC Encontrar todos indivíduos com eventos neste local 
    • Florianópolis, SC, Santo Antônio de Lisboa, Nossa Senhora das Necessidades, Batismos 1781-1790, 061.
      Aos vinte um dias do mês de Janeiro de mil setecentos e oitenta e oito anos, nesta Freguesia de Nossa Senhora das necessidades batizei e pus os santos óleos a Joze, nascido a quatorze dias deste mesmo mês, filho legítimo do Capitam Joze da Silva Mafra, natural da Vila de Mafra, e de D. Maria do Rozario Soares, natural da Freguesia de Nossa Senhora do Desterro. Avós paternos Domingos Delgado e Domingas da Silva, naturais da Vila de Mafra, patriarcal de Lisboa. Avós maternos Silvestre de tal, natural da Ilha Terceira, e Luzia de tal, natural da Ilha de São Jorge. Foram padrinhos Pedro ? Luiz Pereira e D. Magdalena ....
    Sexo masculino 
    EXTR: Anotações
    • http://www.bairrodocatete.com.br/dompedroii1.html

      Pequena História do Catete - Biografias
      Dom Pedro II

      Dom Pedro II foi deposto a 15 de novembro de 1889 com a Proclamação da República; o governo provisório deu-lhe 24 horas para deixar o país, e assim ele fez; foi com a família para Portugal no dia 17.

      Foi enviada uma carta/telegrama pelos republicanos através do Coronel Mallet exigindo seu exílio, abaixo um trecho da mesma:

      "... o governo provisório espera de vosso patriotismo o sacrifício de deixardes o território brasileiro, com a vossa família, no mais breve possível. Para esse fim se estabelece o prazo máximo de vinte e quatro horas que contamos não tentareis exceder".

      Mesmo depois de proclamada a república, ninguém quis levar a carta para Dom Pedro, com a notícia de que ele não era mais imperador do Brasil. A família imperial estava no palácio de Petrópolis, ao tomar conhecimento dos fatos ocorridos no dia 15, vieram para o Palácio do Paço na atual Praça XV (Rio).

      Às 14:30h do dia 16 de novembro, o Major Sólon Ribeiro (Frederico Sólon Sampaio Ribeiro, pai de Ana de Assis a esposa de Euclides da Cunha), foi ao encontro do imperador no Paço da Cidade, que teve que ser acordado. Dizem os relatos que a Imperatriz Tereza Cristina chorou, que a Princesa Isabel ficou muda e que o imperador apenas desabafou: "estão todos loucos".

      Uma curiosidade: Antes desta carta enviada já pelos republicanos o Visconde de Ouro Preto enviou um telegrama ao imperador, porém, o telegrama em que o Chefe do Gabinete de Ministros noticiava a Dom Pedro II o golpe de 15 de novembro foi ?atrasado? nos correios, por ordem de Floriano Peixoto. Mais tarde, no exílio sabendo deste fato Dom Pedro II declarou que se tivesse recebido no prazo correto o telegrama, teria saído de Petrópolis e ido para o Sul de Minas, e dali resistiria ao golpe.

      Escreveu um bilhete pedindo que lhe trouxessem um exemplar de Os Lusíadas que ganhara do Senador Mafra, este livro se encontrava no Palácio de São Cristovão. A obra era uma raridade; além de ser uma primeira edição, tinha um autógrafo de nada mais nada menos de Luís de Camões, que tinha sido proprietário do livro. Foi a única coisa que pediu que viesse de São Cristóvão. (mais tarde já na Europa, ele mandou buscar alguns objetos pessoais e na iminência de ver documentos e livros importantes e raros serem leiloados ou destruídos ele doa tudo para a Biblioteca Nacional).

      O Coronel Mallet exigiu que a família imperial embarcasse no meio da noite, o que provocou protestos de Dom Pedro II, que pretendia assistir à missa pela manhã, antes de partir: "Não sou negro fugido. Não embarco a essa hora!" mas, de nada adiantou. O Major Sólon Ribeiro evacuou o Paço Imperial que estava cheio de populares e a família imperial foi obrigada a embarcar em plena madrugada.

      Antes de viajar, no dia 17 de novembro, Dom Pedro II escreveu uma mensagem para o povo brasileiro:

      "Cedendo o império as circunstâncias, resolvo partir com toda a minha família para a Europa amanhã, deixando esta pátria de nós estremecida, à qual me esforcei por dar constantes testemunhos de entranhado amor e dedicação durante quase meio século, em que desempenhei o cargo de chefe de estado. Ausentando-me, eu com todas as pessoas de minha família, conservarei do Brasil a mais saudosa lembrança, fazendo votos por sua grandeza e prosperidade".
    EXTR: Anotações
    • Biblioteca Nacional
      Joaquim Soares Caminha, professo na Ordem de Cristo, coronel comandante do corpo de oficiais avulsos desta Província. Atesto que revendo o caderno da 2ª classe nele à folha 1ª se acha o assento do teor seguinte.
      Jozé da Silva Maffra (sic) nasceu em doze de janeiro de mil setecentos e oitenta e oito, natural de Santa Catarina, soldado voluntário 22 de janeiro de 1801, 2º sargento 14 de outubro de 1802, 1º sargento 8 de maio de 1806, tenente 1º de setembro de 1810, capitão 22 de janeiro de 1820, major 20 de outubro de 1820, tenente coronel graduado 12 de outubro de 1823, campanhas do sul de 19 de novembro de 1801 até 2 de maio de 1802, conquista de Caiena em 22 de outubro de 1808. É comandante da Fortaleza de Santa Cruz: e acha-se comandando a Guarda Municipal desta cidade. Foi reformado por Decreto de 13 de abril de 1832 e Aviso de 27 do mesmo mês e ano, publicado na ordem do ilustríssimo comandante interino das Armas desta Província datada de 12 de maio de 1832, Patente de 19 de julho do mesmo ano. Nada mais consta desse assento, por verdade passei a presente por mim feita, e assinada. Quartel de Santa Catarina, 31 de julho de 1835. Joaquim Soares Caminha. Firma reconhecida em Desterro aos 11 de setembro de 1835.
    Falecimento 3 Jul 1871  Rio de Janeiro, RJ Encontrar todos indivíduos com eventos neste local 
    • Rio de Janeiro, RJ, Sant'Ana, Óbitos 1865-1880, 067v.
      José da Silva Mafra. Aos três de Julho de mil oitocentos setenta e um, nesta Freguesia, faleceu pelas três e meia horas da tarde, em consequência de catarro senil, o Senador José da Silva Mafra, solteiro, natural de Santa Catarina, de oitenta e cinco anos de idade; foi encomendado e sepultado no cemitério de São Francisco Xavier, de que fiz este assento que assinei. O Coadjutor Joaquim Francisco de Paula e Silva.
    ID da pessoa I011829  Mafra
    Última alteração 14 Abr 2014 

    Pai Capitão José da Silva Mafra,   nasc. +/- 1741, Vila de Mafra, Mafra, Lisboa, Portugal Encontrar todos indivíduos com eventos neste localfal. 3 Ago 1796, Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis, SC Encontrar todos indivíduos com eventos neste local (Idade 55 anos) 
    Mãe Dona Maria do Rosário Soares,   bat. 12 Abr 1758, Igreja de Nossa Senhora do Desterro, Florianópolis, SC Encontrar todos indivíduos com eventos neste localfal. 26 Fev 1838, Freguesia de Nossa Senhora do Desterro, Ilha de Santa Catarina, Florianópolis, SC Encontrar todos indivíduos com eventos neste local (Idade ~ 79 anos) 
    Casamento 23 Jan 1783  Desterro, Florianópolis, SC Encontrar todos indivíduos com eventos neste local  [1
    • Florianópolis, SC, Nossa Senhora do Desterro, Casamentos 1779-1798, 049.
      Jozé da Silva Mafra com Maria do Rozario Soares. Aos vinte e três dias do mês de Janeiro do ano de mil setecentos e oitenta e três, nesta Matriz da Senhora do Desterro da Ilha de Santa Catarina, com Provisão minha, como Vigário da Vara que sou por sua Excelência Reverendíssima nesta Vila, e seu termo, havendo procedido as três Canônicas Denunciações, e sem impedimento algum, em presença do Reverendo Padre Vicente Luiz Correa, Vigário da Freguesia de São José da terra firme desta Ilha, com licença minha, e presentes duas testemunhas abaixo assinadas, segundo o que tudo dispunha a mesma Provisão conforme o que ordena o Sagrado Concílio Tridentino e Constituição do Bispado, pelas três horas da manhã, satisfeita para isso a multa de três mil e duzentos, se receberam solenemente em Matrimônio por palavras de presente in facie Ecclesiae, Jozé da Silva Mafra, viúvo, que ficou de Luzia Roza de São Jozé, e Maria do Rozario Soares, filha legítima de Silvestre Soares e de sua mulher Luzia de Jesus, natural e batizada nesta mesma Matriz da Senhora do Desterro desta Ilha de Santa Catarina. E logo pelo sobredito Reverendo Vigário lhes foram dadas as bençãos nupciais que dispõem [sic] o Ritual. E para constar mandei fazer este assento, no qual assinei com as testemunhas, que foram presentes, em o dia, mês e ano ut supra. O Vigário Ignacio Joze Galvão. Asnor [?] Gomes Braga [?]. João Luiz Puyça [?].
    ID da família F000390  Ficha familiar  |  Diagrama familiar

  • Notas 
    • http://www.bairrodocatete.com.br/dompedroii1.html

      Pequena História do Catete - Biografias
      Dom Pedro II

      Dom Pedro II foi deposto a 15 de novembro de 1889 com a Proclamação da República; o governo provisório deu-lhe 24 horas para deixar o país, e assim ele fez; foi com a família para Portugal no dia 17.

      Foi enviada uma carta/telegrama pelos republicanos através do Coronel Mallet exigindo seu exílio, abaixo um trecho da mesma:

      "... o governo provisório espera de vosso patriotismo o sacrifício de deixardes o território brasileiro, com a vossa família, no mais breve possível. Para esse fim se estabelece o prazo máximo de vinte e quatro horas que contamos não tentareis exceder".

      Mesmo depois de proclamada a república, ninguém quis levar a carta para Dom Pedro, com a notícia de que ele não era mais imperador do Brasil. A família imperial estava no palácio de Petrópolis, ao tomar conhecimento dos fatos ocorridos no dia 15, vieram para o Palácio do Paço na atual Praça XV (Rio).

      Às 14:30h do dia 16 de novembro, o Major Sólon Ribeiro (Frederico Sólon Sampaio Ribeiro, pai de Ana de Assis a esposa de Euclides da Cunha), foi ao encontro do imperador no Paço da Cidade, que teve que ser acordado. Dizem os relatos que a Imperatriz Tereza Cristina chorou, que a Princesa Isabel ficou muda e que o imperador apenas desabafou: "estão todos loucos".

      Uma curiosidade: Antes desta carta enviada já pelos republicanos o Visconde de Ouro Preto enviou um telegrama ao imperador, porém, o telegrama em que o Chefe do Gabinete de Ministros noticiava a Dom Pedro II o golpe de 15 de novembro foi ?atrasado? nos correios, por ordem de Floriano Peixoto. Mais tarde, no exílio sabendo deste fato Dom Pedro II declarou que se tivesse recebido no prazo correto o telegrama, teria saído de Petrópolis e ido para o Sul de Minas, e dali resistiria ao golpe.

      Escreveu um bilhete pedindo que lhe trouxessem um exemplar de Os Lusíadas que ganhara do Senador Mafra, este livro se encontrava no Palácio de São Cristovão. A obra era uma raridade; além de ser uma primeira edição, tinha um autógrafo de nada mais nada menos de Luís de Camões, que tinha sido proprietário do livro. Foi a única coisa que pediu que viesse de São Cristóvão. (mais tarde já na Europa, ele mandou buscar alguns objetos pessoais e na iminência de ver documentos e livros importantes e raros serem leiloados ou destruídos ele doa tudo para a Biblioteca Nacional).

      O Coronel Mallet exigiu que a família imperial embarcasse no meio da noite, o que provocou protestos de Dom Pedro II, que pretendia assistir à missa pela manhã, antes de partir: "Não sou negro fugido. Não embarco a essa hora!" mas, de nada adiantou. O Major Sólon Ribeiro evacuou o Paço Imperial que estava cheio de populares e a família imperial foi obrigada a embarcar em plena madrugada.

      Antes de viajar, no dia 17 de novembro, Dom Pedro II escreveu uma mensagem para o povo brasileiro:

      "Cedendo o império as circunstâncias, resolvo partir com toda a minha família para a Europa amanhã, deixando esta pátria de nós estremecida, à qual me esforcei por dar constantes testemunhos de entranhado amor e dedicação durante quase meio século, em que desempenhei o cargo de chefe de estado. Ausentando-me, eu com todas as pessoas de minha família, conservarei do Brasil a mais saudosa lembrança, fazendo votos por sua grandeza e prosperidade".

  • Fontes 
    1. [S009] Registros da Igreja Católica, Florianópolis, SC, Nossa Senhora do Desterro, Casamentos 1779-1796, 049.