Famílias Mafra

Sérgio Teixeira Lins de Barros Loreto

masculino 1870 - 1937  (66 anos)


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  • Nome Sérgio Teixeira Lins de Barros Loreto 
    Nascimento 9 Set 1870 
    Sexo masculino 
    Grafias do nome Sergio Teixeira Lins de Barros Loreto. 
    Profissão Juiz Federal 
    Falecimento 6 Mar 1937  Rua Muniz Barreto nº 64, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ Encontrar todos indivíduos com eventos neste local 
    • Rio de Janeiro, RJ, 05ª Circunscrição, Livro de Óbitos 123, 1937, 129v, 361, FamilySearch imagem 0139.
      Aos seis de Março de 1937, na rua Muniz Barreto nº 64, Rio de Janeiro, faleceu, de arteriosclerose generalizada e síncope cardíaca, o Doutor Sergio Teixeira Lins de Barros Loreto, 69 anos, branco, natural do Estado de Pernambuco, filho de Galdino Eleuterio de Barros e Dona Luzia Lins de Barros Loreto, casado com Dona Verginia de Freitas Loreto, Juiz Federal aposentado, residente no local do falecimento. Foi sepultado no cemitério de São João Batista. Deixou dois filhos maiores. Declarante Nicolino José Soares, 54 anos, casado, do comércio, residente na Praça da República nº 89, aos sete de Março de 1937, em cartório, nesta Capital. [1]
    Sepultamento Cemitério de São João Batista, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ Encontrar todos indivíduos com eventos neste local 
    ID da pessoa I033359  Mafra
    Última alteração 27 Nov 2022 

    Pai Professor Galdino Eleutério Teixeira de Barros 
    Mãe Luzia Lins de Albuquerque,   nasc. Águas Belas, PE Encontrar todos indivíduos com eventos neste local 
    Casamento 10 Jan 1865  Águas Belas, Buíque, Águas Belas, PE Encontrar todos indivíduos com eventos neste local 
    • Albuquerque, Orlando Marques Cavalcanti de - Gente de Pernambuco 1, páginas 116 a 117, FamilySearch filme 004898933, imagem 0060.

      Luzia Lins de Albuquerque casou nas Águas Belas aos dez de Janeiro de 1865 com o professor Galdino Eleutério Teixeira de Barros, filho de Antonio Teixeira Vieira e Rita Maria de Cássia. [2]
    ID da família F013209  Ficha familiar  |  Diagrama familiar

    Família Virgínia de Moraes Freitas,   nasc. +/- 1871 
    Casamento 16 Set 1893  Santo Antônio, Recife, PE Encontrar todos indivíduos com eventos neste local 
    • Recife, PE, Livro de Casamentos 1892-1893, 095v, 167.
      Aos dezesseis de Setembro de mil oitocentos noventa três, ao meio dia, nesta Cidade do Recife, Freguesia de Santo Antônio [...] receberam-se em matrimônio [...] o Bacharel Sergio Teixeira Lins de Barros Loreto, solteiro, de vinte e seis anos de idade, natural deste Estado, filho legítimo de Galdino Eleuterio Teixeira de Barros, já falecido e de Luiza Lins de Albuquerque Barros, residente na Freguesia de São José e Dona Virginia de Moraes Freitas, solteira de vinte e dois anos de idade, natural deste Estado, filha legítima de José de Freitas Barbosa, já falecido e de Auta de Moraes Freitas, residente no Município de Olinda. [...]. [3]
    Filhos(as) 
    +1. Aspásia de Freitas Loreto,   nasc. 26 Out 1896   fal. 10 Mar 1966, Rio de Janeiro, RJ Encontrar todos indivíduos com eventos neste local (Idade 69 anos)
    +2. Sérgio Loreto, Filho
    ID da família F013206  Ficha familiar  |  Diagrama familiar
    Última alteração 14 Dez 2014 

  • Notas 
    • De: Maria Beatriz de Medeiros
      Date: qui., 7 de mai. de 2020 às 12:44
      Subject: Alteração proposta: Sérgio Teixeira Lins de Barros Loreto (I033359)
      To:

      Descrição: LORETO, Sérgio Teixeira Lins de Barros
      *gov. PE 1922-1926; dep. fed. PE 1927-1930.
      Sérgio Teixeira Lins de Barros Loreto nasceu em Águas Belas (PE) em 9 de setembro de 1870, filho do professor Galdino Eleutério Teixeira de Barros Loreto e de Luísa Lins.
      De família relativamente modesta, começou a carreira como funcionário dos Correios, emprego conquistado através de concurso público. Tendo-lhe falecido o pai, trabalhando e
      estudando, conseguiu diplomar-se na Faculdade de Direito do Recife em 1892. Transferiu-se então para o Espírito Santo, a chamado do irmão Galdino, chefe político naquele estado.
      Foi nomeado promotor em São Leopoldo e, depois, chefe de polícia de Vitória, ascendendo a procurador geral. Demitido, transferiu-se para o Rio de Janeiro e aí advogou de 1901 a 1904, quando venceu um concurso para juiz federal no Espírito Santo e retornou à capital
      capixaba. Desejando voltar para Pernambuco, concorreu a igual posto no Recife em 1905 e foi aprovado.
      Indiferente ao partidarismo político, vivia modestamente de sua função na capital pernambucana quando, em meio à crise política que agitou Pernambuco em 1922, recebeu
      o convite para governar o estado. A origem da crise foi o falecimento, em 27 de março, do governador José Rufino Bezerra Cavalcanti. Sua morte, após longa enfermidade, determinou o início da disputa pelo governo estadual. Com o apoio do senador Manuel Borba, foi lançada a candidatura situacionista do senador José Henrique Carneiro da Cunha.
      Por seu lado, a oposição apresentou como candidato Eduardo de Lima Castro. Apesar da tensão, a eleição transcorreu sem maiores incidentes, saindo vitorioso o senador Carneiro da Cunha. Esse resultado foi porém contestado pela oposição, e a partir do dia seguinte
      começaram as desordens, com a participação de forças militares de um e de outro lado.
      Diante da ameaça de intervenção em Pernambuco, as duas facções entraram em acordo, e o juiz Sérgio Lins de Barros Loreto foi eleito governador e empossado em 18 de outubro seguinte.
      Ao iniciar o governo, contou com o apoio de todas as correntes, cada qual mais interessada em se aproveitar de sua inexperiência política. Bem depressa, contudo,
      mostrou-se senhor da situação e procurou realizar uma administração esclarecida e voltada para o bem público, dentro de um plano de governo objetivo e perseverante. Para prefeito de Recife escolheu o engenheiro Antônio de Góis Cavalcanti, a quem deu carta branca para os melhoramentos necessários. Desse modo, concluiu-se a construção do quartel do Derby e o ajardinamento de seus arredores, dando origem à praça do Derby. Calçaram-se as ruas, refez-se e ampliou-se a iluminação da capital. Outra obra importante foi o término da ponte do Pina e a abertura da avenida Boa Viagem, facilitando o acesso à praia de Boa Viagem. Desafiando os críticos, conseguiu lançar uma linha de bondes que corria por uma estreita
      faixa de estrada, entre o mar e os alagadiços.
      De maior vulto foram os trabalhos de dragarem do porto. Sérgio Loreto mandou também construir ou reparar o cais e os armazéns, de modo a permitir a entrada e o acostamento de grandes navios. A obra foi inaugurada com grande espetáculo no dia 2 de outubro de 1924.
      Para resolver o problema de escassez de água, construiu-se a segunda linha condutora do Grujaú, e, para regularizar os trabalhos judiciais, iniciou-se a construção do Palácio da Justiça. Seu maior empenho foi dirigido para a higiene e saúde públicas, confiadas a seu
      genro, o jovem médico Amauri de Medeiros, considerado o Osvaldo Cruz de Pernambuco.
      A ação do governador não se limitou à capital, mas estendeu-se ao interior, e não só no setor da saúde. Para facilitar a circulação de riqueza e a intercomunicação humana, abriu as estradas entre Floresta, Cabrobó e Boa Vista e entre Floresta, Salgueiro, Leopoldina e
      Ouricuri. Impulso marcante foi dado à educação: foi extinta a Inspetoria Geral da Instrução Pública, e especial cuidado foi dado à formação do professorado, à restauração dos prédios escolares e ao atendimento à população estudantil. Além de outras iniciativas culturais, foi instituído o Hino da Cidade, pela Lei nº 108, de 10 de julho de 1924, com letra de Manuel Aarão e música de Nelson Ferreira.
      Em 18 de outubro de 1926, Sérgio Loreto passou o governo a Júlio Belo, presidente da Câmara. Este, em 12 de dezembro, foi substituído pelo novo governador eleito, Estácio Coimbra. Deixando o governo, Sérgio Loreto foi eleito deputado federal e assumiu o mandato em maio de 1927. Com a vitória da Revolução de 1930, abandonou a política.
      Faleceu em 6 de março de 1937.
      Casado com Virgínia de Freitas, teve dois filhos: Sérgio Loreto Filho, catedrático da Faculdade de Direito do Recife, e Aspásia de Medeiros, casada com Amauri Medeiros (netos: Ricardo Amaury de Medeiros, Maria Beatriz de Medeiros, Rogério Amaury de Medeiros, Rodrigo Amaury de Medeiros, Renato Amaury de Medeiros. Deixou publicados os trabalhos O governador e seus concidadãos e Subsídios para a história política e administrativa de Pernambuco (1922-1926).
      FONTE: SILVA, J. Vidas.

      Maria Beatriz de Medeiros
      mbmcorpos@gmail.com [4]

  • Fontes 
    1. [S268] FamilySearch, (https://www.familysearch.org), https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-X4QV-BG?i=138&cc=1582573 ou https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:79MZ-KZT2.

    2. [S268] FamilySearch, (https://www.familysearch.org), https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:33S7-95GC-9Q2S?i=59&cat=2058230.

    3. [S169] Registros Civis, Recife, PE, Casamentos 1892-1893, 095v, 167.

    4. [S200] Mensagem ao site Famílias Mafra.