- Garanhuns, PE, Brasil, Pernambuco, Arquivo Orlando Cavalcanti, inventários e outros documentos, Inventários, Caixa 152-c, 1832-1918, folha 006 a 008, FamilySearch filme 004902236, imagens 0130 a 0134.
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:33S7-9553-5VS?cat=2058221&i=129&lang=pt
Cópia de um requerimento de Francisco Nicolao de Pontes
Diz Francisco Nicolao de Pontes, que ele Suplicante passou o papel de doação junto, aos Filhos do Suplicante, e porque teme que o papel em tempo algum leve algum consumo, por isso requer o Suplicante a Vossa Senhoria mande que o tabelião a quem for distribuído, em um dos seus livros de notas lance a dita doação, e lançada, que seja entregue a própria ao portador que a traz, o qual é Antonio Ferreira do Valle. Portanto pede a vossa Senhoria Ilustríssimo Senhor Juiz ordinário seja servido assim mandar sendo este distribuído. E Recorra Mercê. Distribuído. A Furtado. Souto. Lance na forma requerida, Garanhuns, dezesseis de Novembro de 1831. Souto. E nada mais se continha em dita petição depois que se via, e mostrava o papel de Doação do teor seguinte.
Como Senhor, e possuidor de duas propriedades de terras no lugar do Riachão, Termo de Garanhuns, cujas terras do Riachão comprei a Ignacio Pais, e outra propriedade comprei ao defunto Angello Vidal, chamado Retiro de Cima, cujos dois pedaços de terras a dividia, sendo o sítio do Retiro dou-o às minhas filhas: Dona Joana Francisca de Pontes, Dona Jeronima Vieira de Pontes, Dona Francisca Maria do Rozario e Dona Eugenia Francisca de Pontes, e ficam sendo Senhoras desta propriedade do Retiro, ficando a propriedade do Riachão para quatro filhos machos, que é o falecido Agostinho, que tem herdeiro, Manoel Francisco de Pontes, Francisco Nicolao Junior e João Francisco de Pontes, cujas ambas propriedades não serão vendidas durante a minha vida, e nem haverá penhora e nem hipoteca, por dívidas destes herdeiros, ficando dividida da forma declarada acima e na conformidade que uns não destruam a outros.
Declaro mais, que vendi destas terras um pedacinho a meu sobrinho Jozé Jeronimo Vieira, e como não a me pagou, fica sem efeito a dita venda, por poderão estes herdeiros tomá-las. Afogados, vinte e um de Setembro de 1831. Francisco Nicolao de Pontes. Eugenia Francisca de Jesus. Como Testemunha que esta vi passar Antonio Ferreira do Valle.
Nada mais e mais se continha em dita carta ou papel de doação depois que se via o reconhecimento do tabelião da maneira seguinte. Reconheço a firma desta testemunha ser a própria dela contemplada, por ver assinar em minha presença: o referido é verdade, o que juro em fé do meu ofício. Vila de Garanhuns, dezesseis de Novembro de 1831, estava o sinal público de mim tabelião. Em testemunho de verdade. O Tabelião Público Francisco Manoel Furtado.
E nada mais se continha em dito reconhecimento, do que eu tabelião bem e fielmente o fiz lançar, e copiar do próprio que me foi entregue e vai sem coisa que dúvida faça ao que me reporto. Conferido, e consertado na forma do estilo, nesta Vila de Garanhuns, Comarca do Sertão, Província de Pernambuco. A dezesseis de Novembro de 1831 o escrevi e assinei. Em fé de verdade o Tabelião Público Francisco Manoel Furtado, Escrivão. Antonio Ferreira do Vale. [1]
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