| Notas |
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A vinte e quatro do mês de Outubro de 1794 anos, em Lisboa
nos Estaos dos cárceres desta Inquisição , aí foi entregue ao alcaide o preso Joze de Barros Correa, soldado do Regimento do Recife de Pernambuco, casado com Antonia Maria de Jezus, natural e morador da Freguesia de Santo Antônio Recife
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Jose de Barros Correa, natural da Freguesia de Santo Antônio do recife, soldado do Regimento do mesmo Recife, casado com Dona Antonia Maria de Jesus, disse ser filho natural de Roque de Barros Correa, Escrivão Propietário do Ofício de Almotaçaria da cidade de Olinda e Procurador da Câmara do Senado da mesma cidade, e de sua idade disse ser de trinta e um para trinta e dois anos.
E peguntado para que pedira audiência.
Disse que ele fez neste mês um ano que se acha preso nos cárceres secretos desta Inquisição, para os quais foi mandado pelo Doutor Vigário Geral no Bispado de Pernambuco pela culpa de bigamia, sendo por esta mesma preso e pela de desertor, pelo General Dom Thomaz Jose de Mello em o dia vinte e oito de Junho de 1788, e sabendo o mesmo general, que era muito maior a culpa de bigamia que a de desertor, o enviou presoao Aljube da cidade de Olinda aonde chegou em o dia quatro de Fevereiro de 1789, e ali por ocasião do arrombamento que fizeram os presos do mesmo Aljube, consternados da fome que no mesmo padeciam, e de que muitos morreram, ele réu fugiu também com os outros em o dia vinte e um de Julho de 1791, suportando nestas primeiras duas prisões o tempo de três anos, dois meses, e vinte e dois dias, desejando muito vir apresentar-se neste Santo Tribunal da sua culpa de bigamia, escrevendo varias cartas para o mesmo, que neles zelam de achar, clamando em todas pela piedade e misericórdia, e sujeitando-se ao castigo que merece
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Jozé de Barros Correa confesso os rudimentos de minha queda. Casado na Vila de Santo Antônio do Recife de Pernambuco com Dona Antonia Maria de Jezus, de quinze anos, filha de Manoel da Silva Ramos e de Dona Jozefa Maria de Jezus.
Thereza Maria de Jezus, filha de Domingos Correa de Araujo e de Dona Anna Sebastiana de Mello.
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Diz Jozé de Barros Correa, homem branco preso no Aljube da cidade de Olinda de Pernambuco a ordem do Tribunal da Santa Fé pelo crime de bigamia, que ele tendo estado na mesma prisão desde o dia quatro de Fevereiro do ano de 1789, além de oito meses que esteve o suplicante na cadeia da Vila de Santa Cruz do Aracaty donde veio remetido para o Aljube da cidade de Olinda.
- Primeira testemunha: Antonia Maria de Jezus, de 35 anos, mulher branca, casada com Jozé de Barros Correa, natural da Freguesia de São Lourenço da Mata, moradora no Bairro da Boa Vista da Freguesia da Sé de Olinda. Folha 34 ou 37, imagem 0073.
Segunda testemunha: Antonio da Sylva de Araujo, de 35 anos, soldado granaldeiro do Regimento de Olinda, homem branco, casado, natural da Freguesia de Maranguape, morador na Vila do Recife. Folha 35 ou 38, imagem 0075.
Terceira testemunha: João Ribeiro Pessoa de Lacerda, de 41 anos, Capitão de Infantaria do Regimento pago do Recife, homem branco, solteiro, natural da Freguesia da Sé de Olinda, morador nesta Praça. Folha 35v ou 38v, imagem 0076.
Quarta testemunha: Miguel de Souza, de 35 anos, homem branco, solteiro, que vive de seus negócios, natural da Cidade de Olinda e nela morador. Folha 36v ou 39v, imagem 0078.
Quinta testemunha: Cosme Pereira da Solidade, de 39 anos, homem branco, casado, soldado granaldeiro do Regimento de Olinda, natural do Sertão de Jaguaribe, morador no Bairro da Boa Vista. Folha 37v ou 40v, imagem 0080.
Sexta testemunha: Elias Francisco Xavier da Cunha, de 42 anos, presbítero secular, natural e morador do Recife de Pernambuco, Professor Régio de Gramática Latina. Folha 38v ou 41v, imagem 0082.
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Famílias Mafra
